Você deixa de ganhar dinheiro se não investir em empresas com preocupação social e ambiental?
O CEO e sócio-fundador da X8 Investimentos, Carlos Miranda, começou há dez anos no que chama de “investimentos de impacto”. Em 2012, a X8 chegou ao mercado para apostar no “middle market” — companhias com potencial de crescimento que faturam entre R$ 20 milhões a R$ 150 milhões.
“De alguma forma, pelo nosso ciclo de entrar na empresa, prepará-la durante um período e fazer a saída, pensávamos que seria possível ter mais liquidez e rentabilidade com investimento com essa cara. E isso super se comprovou”, afirma.
Um dos testes de comprovação da tese veio com o aporte na Mãe Terra, na empresa de alimentos naturais e orgânicos, em 2013. Miranda não abre os números. Mas, passado quatro anos, a venda para a Unilever resultou em ganhos 12 vezes superiores ao capital investido.
Para manter o ritmo, a X8 lançou um fundo que leva seu nome em meados do último ano. O foco é claro: fazer aportes em empresas que, sem o impacto social, deixam de existir. As investidas mais recentes foram na Vida Veg, de laticínios veganos, e na Home Agent, de call center. Com R$ 150 milhões em caixa e o objetivo de captar outros R$ 50 milhões, o portfólio deve chegar a 12 companhias nos próximos quatro anos.
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