PEQUENAS EMPRESAS GRANDES NEGÓCIOS, por Carlos Miranda – Conheça cinco características dos empreendedores bem-sucedidos

Uma das realidades mais difíceis de aceitar é que, qualquer que seja o seu caminho na vida, profissional ou pessoal, ele certamente implicará em ganhos e perdas. Muitas vezes, as pessoas têm dificuldades para entender que a realidade envolve escolhas e situações sobre as quais não temos controle. Uma das principais razões para que as pessoas se sintam infelizes com essas escolhas é o “glamour” estereotipado que marca os tempos atuais.

A “viralização” da felicidade alheia faz com que alguns comparem suas vidas às de outros, colocando um peso excessivo nas perdas que tiveram ao longo da vida em função de suas escolhas. O problema é que essa análise quase sempre se baseia em visões fantasiosas de realidades que são diferentes da sua. Nesse jogo do quem é mais feliz, acabamos nos perdendo na constante busca do prazer, da alma gêmea, do melhor emprego, do empreender, do mudar, sem enxergarmos o que nos faz realmente felizes, e o que estamos dispostos a perder por isso.

O equilíbrio, a maturidade e, porque não dizer, a felicidade, não estão necessariamente nas escolhas que fazemos, mas sim na convicção e na segurança de que elas farão parte de nossas vidas por um bom tempo – que pode ser, no limite, para sempre. Essa é a convicção que tenho encontrado nas pessoas realizadas, felizes, maduras, que conseguem transmitir a paz necessária para que relacionamentos (pessoais ou profissionais) deem certo.

Creio que a principal pergunta que devemos fazer a nós mesmos é: qual, ou quais os momentos de sua vida que você gostaria que não acabassem nunca? Ou então: de todos os momentos vividos até hoje, quais foram os inesquecíveis, e quais desses você gostaria que não tivessem acabado nunca? Quando visita sua história, você acaba percebendo que as coisas que te movem são mais simples que parecem. A partir dessa realização, poderá perceber que perdeu coisas importantes na vida por ter corrido atrás de uma felicidade estereotipada. Mas o mais importante é se dar conta de que a jornada é tão ou mais importante que a própria chegada que idealizou.

Claro que o desejo de alcançar um determinado objetivo é importante, mas mais importante que isso é saber se a jornada nos atrai, e se esse lugar é realmente nosso, ou foi criado artificialmente por nós ou para nós. Abaixo, cito algumas características comuns às jornadas de empreendedores, profissionais e pessoas bem-sucedidas (felizes, em paz e equilibradas).

1. Conexão: elas têm prazer em conectar-se com as pessoas e também em promover conexões entre elas.

2. Coaching: elas ocupam parte de seu tempo disseminando conhecimento e ajudando pessoas e causas com a sua experiência.

3. Transformação: não se dedicam a conquistar benefícios pessoais, e sim à transformar positivamente as pessoas e a sociedade.

4. Impacto social: querem deixar um legado à sociedade, cedendo parte de seu tempo, ou até mesmo recursos, para promover melhorias na vida das pessoas.

5. Crescimento: não são pessoas arrogantes. Querem sempre crescer, aprender e tornar-se pessoas melhores, independentemente de sua experiência e idade (a idade não é relevante para eles). São interessados na história e opinião dos outros, escutando-as e agregando esse conhecimento para seu desenvolvimento pessoal.

E, por fim, não são pessoas que estão nesse mundo a passeio. Para eles, cada dia é uma jornada grandiosa – independentemente da grandiosidade de seus atos, vidas ou carreiras.

Ver matéria original: https://revistapegn.globo.com/Colunistas/Carlos-Miranda/noticia/2016/05/negocios-trazem-felicidade.html